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sexta-feira, 4 de agosto de 2017

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9 registros históricos que contam um outro lado da bíblia

Além de um livro religioso extremamente popular, a bíblia é também um importante documento histórico de nosso mundo. Os personagens que aparecem ali viveram num mundo real compartilhado com outros povos e nações da época, ainda que o livro conte a maior parte das histórias a partir do ponto de vista de Israel.
Quando observamos outros registros históricos de períodos do Antigo e Novo Testamento feitos por outros povos, podemos ter visões bem distintas dos episódios e opiniões narrados na bíblia. No fim das contas, é importante considerar todos os textos para tentar ter uma compreensão melhor da época.
Vamos conferir alguns desses registros que mostram lados bem diferentes de personagens e situações da bíblia.

1 – O historiador grego Estrabão disse que Moisés era um sacerdote egípcio


Uma das histórias mais conhecidas da bíblia, mesmo para quem não é religioso, é a de Moisés, que teria libertado os judeus dos egípcios. Segundo o historiador grego Estrabão, no entanto, Moisés era um sacerdote do Egito, e não judeu. O religioso não gostava das instituições egípcias, acreditava na presença de deus em todas as coisas e teria conseguido convencer um grande número de pessoas a escapar, migrando para Jerusalém.
De acordo com Estrabão, depois da morte de Moisés, Jerusalém foi tomada por pessoas supersticiosas e violentas que criaram leis que ele chamou de tirânicas, como a dieta kosher e a circuncisão.

2 – O marido de Ester é o rei persa que lutou contra Leônidas e os 300 de Esparta


Segundo a bíblia, Ester casou-se com o rei da Pérsia e convenceu seu marido a salvar os judeus quando Haman planejou um genocídio contra o povo. O rei piedoso, no entanto, era Xerxes I, famoso na cultura popular por ser o vilão do filme 300. Xerxes foi o rei que invadiu Atenas e Esparta depois que as cidades gregas se recusaram a pagar tributos, sendo recebido por 300 guerreiros espartanos.

3 – O rei de Moabe chamou os israelitas de opressores


O rei Mesa de Moabe teria se rebelado contra Israel, provocando a fúria e o ataque do povo – e de Deus – contra sua terra. Para colocar fim à guerra provocada pelos israelitas, o rei teria tirado a vida do próprio filho como sacrifício. Em registros históricos de autoria do próprio rei, no entanto, exista uma versão bem diferente.
De acordo com Mesa, os israelitas era um povo tirano que oprimia Moabe com frequência. O povo de Israel teria provocado a guerra a partir dessa opressão, causando a reação de Mesa e seus homens. Na versão do rei, o povo de Israel não desistiu da guerra diante do sacrifício do rei, mas apenas perdeu a guerra depois da reação dos exércitos de Moabe.

4 – Hazael disse que Israel atacou primeiro


Na bíblia, existe apenas uma pequena menção a Hazael, rei de Arã. O texto diz que o governante conquistou Israel pelo desejo divino, pois Deus estava irado com o povo. Uma pedra encontrada com inscrições feita por Hazael mostra um outro lado da história. Como a pedra está quebrada, existem dúvidas sobre o conteúdo completo.
Segundo a teoria mais popular, a pedra sugere que Hazael só invadiu Israel como vingança por uma invasão prévia que sofrera, causando a morte de seu pai. Em retaliação, ele atacou a terra e matou os reis locais.

5 – Mâneton disse que Moisés invadiu e conquistou o Egito


Assim como os gregos diziam que Moisés era um sacerdote que se rebelou contra o Egito, os próprios egípcios tinham uma versão diferente, de acordo com o historiador Mâneton. O nome verdadeiro de Moisés seria Osarsiph e só teria sido alterado depois que ele se uniu aos judeus.
Quando o faraó Amenophis tentou eliminar a lepra de seu país, colocou 80 mil leprosos para trabalhar numa pedreira e destinou Moisés a cuidar deles. No cargo, Moisés teria criado suas próprias leis e feito alianças com Jerusalém, criando um exército que invadiu e conquistou terras do Egito. Só depois de 13 anos, o faraó conseguiu reorganizar um exército capaz de perseguir Moisés, o que o teria levado a Jerusalém.

6 – O historiador romano Tácito disse que Moisés era ateu


Da mesma forma que Mâneton, Tácito declarou que o faraó do Egito queria expulsar as vítimas de uma praga de sua terra. Na versão romana, no entanto, os expulsos teriam sido enviados para fora das cidades, em ambientes selvagens. De acordo com Tácito, Moisés estava entre as vítimas e odiava Deus, o que fazia com que ele exigisse que seus companheiros não esperassem nenhuma ajuda. Para ele, Deus e os homens já os teriam abandonado.
Assim, Moisés liderou seu grupo até Canãa e conquistou a região. Ali, fundou o judaísmo, não porque acreditava na religião, mas porque precisava de uma ferramento política para garantir a lealdade de seu povo.

7 – O Talmude chamou Jesus de feiticeiro


O Talmude é uma coletânea de livros sagrados dos judeus e conta a história da crucifixão de Jesus de uma forma diferente. No livro judaico, Yeshu – normalmente aceito como o mesmo Jesus dos livros cristãos – fora chamado de feiticeiro antes de ser executado, mas ninguém interveio para impedira morte do profeta.
Um homem chamado Ulla ainda aparece para dizer que Yeshu é indefensável. As pessoas que o defendessem também deveriam ser condenadas, já que ele possuía conexões com a realeza.

8 – Plínio, o Jovem pediu ajuda para conseguir lidar com cristãos


Existe um trecho da bíblia que descreve uma época em que os cristãos eram perseguidos pelos romanos. Na verdade, existe apenas um registro história da visão de Roma a partir de uma carta de Plínio, o Jovem. O imperador pede ajuda para lidar com os cristãos, que ele chamou de “depravados e supersticiosos em excesso.” Plínio ainda revela que dava a oportunidade dos cristãos ofenderem Cristo, renunciando a própria religião. Nesses casos, os condenados seriam salvos e escapariam da execução.

9 – Romanos pensavam que cristãos eram canibais


Os romanos odiavam os cristãos. Além dos relatos de Plínio, há relatos de Tácito criticando a religião mesmo quando condena a crueldade de Nero contra eles, chamando os religiosos de “criminosos que merecem punição extrema e exemplar.”
Quando os romanos ouviam que os cristãos comiam o corpo de Cristo, eles achavam que a mensagem era literal e tratava de canibalismo. Muitos acreditavam que os religiosos participavam de rituais canibais e orgias incestuosas durante suas celebrações. Apesar disso, não existem razões históricas para acreditar que essas crenças eram reais.
Depois de tantos séculos, é difícil saber quais as versões corretas. Talvez a verdade esteja na mistura de tantos relatos, dando crédito para todos os lados. E você, o que acha dessas visões diferentes das histórias bíblicas?

 


Toda a população do planeta surgiu de uma única migração

23/11/2016 - 12H11/ atualizado 13H1111 / por Bruno Vaiano*
Crânio humano está em constante evolução (Foto: Creative Commons)
Sua família acaba de ficar menor. Três estudos genéticos simultâneos conduzidos por pesquisadores de diferentes instituições do mundo concluíram que toda a população do planeta se originou de uma única migração, que deixou o continente africano entre 50 mil e 80 mil anos atrás.
A descoberta foi quase um esforço diplomático. A equipe de Luca Pagani, do Biocentro da Estônia, analisou 148 povos. Entre eles, alguns da região de Papua-Nova Guiné, país próximo à Austrália, em que 98% da população vêm de um único grupo migratório. Já Swapan Mallick e David Reich, da Escola de Medicina de Harvard, deram uma olhada em 142 populações, e comprovaram que os aborígenes australianos e outras civilizações da Oceania têm a mesma origem que os demais povos não africanos. Por sua vez, Anna-Sapfo Malaspinas, do Museu de História Natural de Copenhague, fez algo parecido com 108 genomas da região, e as conclusões foram as mesmas.
“Não é uma coincidência”, afirma Serena Tucci, especialista em genética e demografia pela Universidade de Washington, nos Estados Unidos. “São colaborações internacionais que unem instituições de vários lugares do mundo há anos. Alguns participantes, inclusive, estão em mais de um estudo.”
Na genética, a união faz a força. Afinal, mais do que recursos financeiros, é necessário um pequeno exército de cientistas para dar conta de analisar o mundo todo. “Fazer a análise de populações é muito difícil por questões éticas, logísticas e econômicas”, explica Tucci. “Imagine como é para um pesquisador ir à savana africana ou a ilhas remotas no Pacífico para coletar sangue e saliva, e então levar as amostras de volta aos Estados Unidos ou à Europa.”
Apesar das dificuldades, uma boa olhada nos genes ainda é o método mais confiável para responder à mais clichê das perguntas: de onde viemos? “Há alterações aleatórias que surgem e se acumulam no genoma de populações diferentes”, afirma Tucci. São essas diferenças e semelhanças que permitem, por meio de truques estatísticos, traçar o mapa da migração humana pelo mundo.
E por que o Homo sapiens decidiu que dominar o mundo era um plano razoável? Bem, isso é mais complicado. “Migrações costumam ser motivadas pelas condições climáticas ou por disponibilidade de comida e água”, diz Tucci. “Mas pode ser que o desejo de explorar seja intrínseco ao ser humano, e isso já é assunto para a filosofia.”

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5 de julho às 16:13
SIF ESPOSA DE THOR
Sif, é a deusa da colheita e da fertilidade, casada com Thor deus dos trovões e mãe de Uller deus da justiça e do julgamento, Sif é a deusa da habilidade em combate, Sif aprecia muito guerreiros leves e habilidosos, que não necessitam só de força bruta para vencer suas batalhas.
Os cabelos de Sif eram negros como a noite, até o dia em que o deus das travessuras Loki, cortou seu cabelo numa brincadeira, então Thor pediu aos anões para que fizessem um novo cabelo para sua mulher, então os anões pegaram fios da luz do sol e fizeram um cabelo dourado para a deusa, e comos os anões eram seres muito inteligentes eles criaram uma maneira do cabelo criar raiz em sua cabeça.
De acordo com a profecia Sif vai morrer no Ragnarok, mas não foi explicado como e por quem.

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• AVALON
A terra mística de Avalon foi imortalizada no ciclo Arturiano, o mais conhecido herói celta, e em torno dela realidade e ficção se confundem envolvendo em brumas a história do lugar.
Avalon se situaria a sudoeste da Inglaterra, no local onde há o monte chamado Tor e a Abadia de Glastonbury. O Monte do Tor é envolvido por brumas, e o próprio nome Tor significa “passagem”.
Nas antigas lendas celtas, existia a Ilha dos bem-aventurados, algo como os campos Elísios dos Gregos ou o Valhalla dos germânicos/nórdicos, local de abundância e alegria. Com o passar do tempo a visão desta terra se fundiu com a lenda de Avalon, visto que era uma ilha cercada por brumas, de difícil acesso, e por ser imaginada como um paraíso, a terra das maçãs, que representam para os celtas o conhecimento e a magia.
Avalon também está associada à Terra da Juventude, um reino mítico no qual os habitantes são imortais.
Na versão mais conhecida e consagrada no clássico “As Brumas de Avalon” de Marion Zimmer Bradley, Avalon era uma ilha cercada por brumas que somente uma sacerdotisa poderia afastar para descobrir o caminho até a ilha, lá era o refúgio da antiga religião que foi reduzida pelo catolicismo.
A ilha ficava no mesmo local da Abadia de Glastonbury, mas em outro plano, de modo que quem tentasse chegar a Avalon acabaria no templo cristão.
Uma versão mais realista nos é apresentada por Bernard Cornwell na trilogia “As Crônicas de Artur”, nela Avalon é um feudo, um reino sob o domínio da Dumnonia, reino do qual Artur era o guardião.
A Avalon de Cornwell era liderada por um Lorde, e este era Merlin, que também era o maior de todos os druidas. Não há nenhuma ilha nesta versão, apenas o Tor, no topo do qual estão os aposentos onde Merlin, Morgana e Nimue fazem seus rituais, o Tor é povoado por crianças defeituosas e loucos, pois Merlin acreditava que eles tinham as bênçãos dos deuses.
Essa versão é mais realista por não envolve nenhum tipo de magia, apenas um velho druida e suas sacerdotisas numa terra governada por este druida, obviamente um lugar como este despertou a atenção e muitas lendas cresceram em volta dele.
Nas lendas de Etain e de Oisin há a participação de membros da família real da Terra da Juventude (Avalon), eles são imortais e belos, mas imaginem que na realidade fossem reis e príncipes como quaisquer outros que o imaginário popular acerca do lugar onde viviam haviam elevado a uma categoria superior.
Isso nos remete à Avalon apresentada por Cornwell, um reino como qualquer outro mas envolto em lendas e que cada vez foi ficando mais místico culminando com a versão apresentada nas Brumas de Avalon.
Não existe ilha na versão de Cornwell , e talvez isso tenha sido de propósito, para aproximar a lenda da realidade, pois pesquisas arqueológicas afirmam que o local de Glastonbury foi um pântano há milhares de anos, ai pode estar a origem das lendas de Avalon como uma ilha, e quando os pântanos secaram no mesmo local foi construída a abadia de Glastonbury, mas a ilha que um dia ali esteve não foi esquecida, de modo que Marion a colocou em outro plano mas no mesmo lugar da abadia.
Com isso chegamos à conclusão de que Avalon foi um dia uma ilha depois se tornou o nome para um reino e no local da ilha foi construída a abadia de Glastonbury, e de que o imaginário popular se encarregou das sacerdotisas, espadas mágicas e druidas que povoam este maravilhoso local.

Avenida Paulista, ontem e hoje

Para falarmos da construção da Avenida Paulista teremos de voltar um pouco no tempo, antes de desta, mais precisamente lá pelo século XVIII, pelo menos... Nessa época a cidade basicamente se delimitava pelos pontos de seu "triângulo histórico", à saber: o Mosteiro de São Bento, a Igreja de Nossa Senhora do Carmo e o Convento de São Francisco de Assis como vértices, tendo ao centro - mas nem tão central assim - o Largo da Matriz (ou seja, a futura Praça da Sé).

Porém, a cidade ia se expandindo para todos os lados possíveis, mais ainda para as cercanias do seu sentido oeste, onde iam aparecendo cemitérios de ordens católicas e protestantes; e, com isso, iam acontecendo também vários novos empreendimentos. O maior destes foi, com toda a certeza, o novo cemitério público que estava sendo construído, o "Cemitério da Consolação" (inaugurado em 15 agosto de 1858, mas já tendo uma história como primeiro cemitério público, com relatos nesse sentido datando desde o ano de 1829). Isso colocou o rumo da cidade na direção do atual bairro de Pinheiros (então apenas uma fazendo de plantação de pinheiros), que descia dos altos da futura Avenida Dr. Arnaldo na direção das várzeas do rio Pinheiros (ainda chamado por seu antigo nome: rio Jurubatuba).

Ali ao lado, seguindo por este caminho, quase no centro do percurso entre o "Cemitério da Consolação" e a fazenda de pinheiros, ficava o chamado "Morro do Caaguaçu" - na verdade o cume do morro, que era bem plano pras suas condições naturais. Caaguaçu vem do tupi, e quer dizer "Mata Fechada" ou mesmo "Mata Densa", uma vez que o terreno do local era uma grande porção, bem fechada por sinal, de nossa Mata Atlântica (cuja vegetação remanescente fica no atual Parque Trianon), motivo pelo qual a região era pródiga em quilombos, formados por negros que fugiam de localidades como o Bexiga e subiam o morro em busca de segurança. Também foi muito utilizada como caminho de boiadas, que seguiam todas, por alguma picada no meio da mata, para uma abatedouro existente logo adiante, após o Caaguaçu, próximo de onde viria a ser o bairro da Vila Mariana.

Porém, não obstante, durante boa parte do século XIX alguns investidores foram adquirindo terrenos no local, já com o intuito de se fazer uma grande avenida na região, bem como também fazendo-a demarcar alguns novos bairros para os mais abastados. A Avenida Paulista foi inaugurada - ainda de terra, sem nenhum tipo de calçamento, e com poucas casas nas imediações - em fins do século XIX, mais precisamente em 8 de dezembro de 1891, devido ao gênio e à perspicácia de um português, Joaquim Eugênio de Lima.



Aos poucos ela foi ganhando pedras de paralelepípedos e, mais tarde, asfalto. Ainda em fins do século XIX a avenida torna-se o endereço dos endinheirados barões do café; e, já no início do século XX, ela foi ganhando notoriedade como o lar dos grandes industriais, como os Matarazzo e os Martinelli; e, entre outras coisas, estes construíram suas famosas mansões ou mesmo compraram as mansões de algum dos barões do café endividados (transformando-as agora em "mansões de magnatas da indústria"). Nas fotos abaixo seguem imagens dos primeiros anos do século XX - a primeira é de 1902 e a segunda é de 1905 - com seu clima ainda mais para o "residencial de elite"...


Nas décadas de 1910 todo esse glamour só fez aumentar. A Avenida Paulista e todas as ruas de seu entorno se tornaram o bairro da vez nos empreendimentos imobiliários e o Jardim Paulista, como começou a ser chamado, se tornou o endereço do desejo dos ricos e poderosos. E tinha fácil acesso para todos - até aos mais pobres, que a frequentavam na condição de criados dos mais abastados - devido uma bem servida linha de bondes...


Já na década de 1920 torna-se o endereço de festas e da vida noturna, sendo sua joia maior o restaurante "Belvedere Trianon", localizado onde hoje se encontra o MASP (Museu de Arte de São Paulo), e que, "diz a lenda", era frequentado pelo pessoal que iria fazer a "Semana de Arte Moderna", em 1922, tendo sido lá, nas mesas do Belvedereque se arquitetou todo o evento. A Avenida Paulista era também parte integrante de São Paulo como uma espécie de centro novo da cidade, porém sem perder um charme de elite interiorana ainda presente. É o caso dos corsos, desfiles de carros "fantasiados", todos paramentados para o Carnaval. É, os "Loucos Anos 20" haviam chegado à avenida mais importante de São Paulo.



  
Foi em meados da década de 1950 que a sua aura estritamente residencial começou a mudar, uma vez que a expansão da cidade começou a levar para a Avenida Paulista o comércio, alguns bancos e mesmo a sede de empresas nacionais e multinacionais. Também foi nesse momento que a verticalização da região se iniciou, ainda de forma discreta, pondo abaixo muitas das mansões (que antes eram os símbolos da potência econômica - de sua então classe dominante - que a avenida representava).

Já nas décadas de 1960 e 1970 várias mudanças foram sendo sentidas também, tais como a especulação imobiliária, que elevou o preço dos imóveis na região. Com isso, foi-se implementando a atual tendência da região, a verticalização e seus edifícios - ou, os famosos "espigões da Paulista" - onde empresas e bancos, nacionais, multinacionais e estrangeiros, começaram a fazer suas transações, transformando a Avenina Paulista no centro nervoso das finanças do estado e do próprio Brasil.




A ligação entre a Avenida Paulista e as finanças do estado, e mesmo do Brasil, só se agigantaram. Um exemplo disso é o fato da sede da FIESP (Federação da Indústrias do Estado de São Paulo), estar na avenida, sendo um dos edifícios mais lembrados dos muitos existentes no endereço - alguns o odeiam, alguns o amam - mas todos se lembram dele. Também entre as décadas de 1960 e 1970 várias atrações culturais foram sendo implementadas, transformando a Avenida Paulista num endereço também cultural da cidade de São Paulo. Lugares como o MASP (Museu de Arte de São Paulo), inaugurado ainda numa rua do centro de São Paulo, inicialmente, ainda na década de 1950, logo foi lotado na Avenida Paulista, desde 7 de novembro de 1968, para sermos mais exatos. Mais tardio mas não menos interessante é a Casa das Rosas, onde acontecem saraus e lançamentos de livros. A casa é das poucas remanescentes das mansões de outrora, porém é uma construção já meio tardia, uma vez que é de 1935, tendo sido projetada pelo arquiteto Ramos de Azevedo (o mesmo do Teatro Municipal). Foi tombada em 1985 e, após restauração, desde o final da década de 1990 está aberta ao público. 




Nas décadas seguintes houve mais uma avalanche de mudanças ocorrendo com a Avenida Paulista. E passamos por diversos tipos de manifestações políticas (de esquerda e de direita), comemorações de títulos de vários clubes do futebol paulistano e de outros tipos de eventos que não podem ocorrer em outro lugar que não a Avenida Paulista. Além deles, há também os eventos que já viraram anuais, tais como a "Parada do Orgulho Gay" e a "Corrida de São Silvestre".






Já no século XXI a Avenida Paulista vai ditando moda e lançando novas formas de viver e conviver com ela própria. Uma das novidades é o fato da Avenida Paulista ter agora muitas ciclovias, trazendo um ideal de vida mais saudável e esportivo, fazendo mesmo que a grande avenida - "a que nunca pára e a que não dorme nunca", alguns adjetivos à ela atribuídos através de sua história mais que centenária - possa virar uma grande "rua de lazer" todos os domingos.


Não é a toa que ela está aí, importante desde sempre, com sua história mais do que centenária. E, se pudermos eleger um motivo para essa onipresença e onipotência da Avenida Paulista, arrisco dizer que é a própria capacidade de se reinventar. Sempre!!... 

Os papas mais influentes da História, para o bem ou para o mal...

Este artigo mostrará, com breves resumos, as causas da importância - ou do inusitado - no papado de 20 papas, desde o nascimento da Igreja Católica. Para tanto passaremos por muitos outros fatos históricos (no qual faremos uma espécie de link a cada um dos papas apresentados). Então, vamos a eles...

1) São Pedro (nasceu em Betsaida, na atual Palestina e foi papa entre 30-67 d.C.)




Foi o primeiro papa e também é conhecido como São Pedro Apóstolo, já que era um dos doze apóstolos de Jesus Cristo e é responsável pelo advento do Cristianismo como religião (como disse Jesus: "Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja!"). Quando foi preso pelos romanos, foi condenado a ser crucificado, mas, diz a lenda, pediu para que fosse crucificado de ponta cabeça (para que não morresse como Jesus, o messias), o que lhe foi concedido. Isso ocorreu sobre uma colina, onde hoje está assentada a própria Basílica de São Pedro, no Vaticano (dentro da cidade de Roma).

2) São Simplício (nasceu em Tivoli, na atual Itália e foi papa entre 468-483)




Era o papa durante as invasões bárbaras de tribos germânicas do norte da Europa, invasões estas que levaram à queda de Roma, em 476 - e ao consequente fim do Império Romano do Ocidente. Enfrentou um pequeno cisma na religião, que levou a criação das igrejas da Armênia, da Síria e do Egito. 

3) Leão III (nasceu em Roma, na atual Itália e foi papa entre 795-816)




Foi um papa de origem pobre e sua eleição foi sucedida por muita desordem em Roma. Devido a estas desavenças, sofreu um atentado em 799. Porém, ao se aproximar desse monarca, ligou a Igreja aos tronos da Europa (em especial o francês), coisa que foi lugar comum por toda a Idade Média. No ano seguinte, em 800, coroou Carlos Magno como imperador dos francos (e de uma espécie de "novo império romano"). 

4) Silvestre II (nasceu em Auvérnia, na França e foi papa entre 999-1003)




Tentou fazer algumas reformas na Igreja, coisa que foi contra a vontade do imperador do Sacro Império Romano Germànico, Oto. Foi também o papa do período de transição de um poder absoluto da Igreja (durante a Alta Idade Média), para um poder que ia diminuindo gradativamente para a mesma Igreja (durante a Baixa Idade Média). Também foi o papa que passou pela primeira vez por um possível fim do mundo, o que se achava que aconteceria na passagem do primeiro para o segundo milênio, entre o ano de 1000 e 1001. 

5) Leão IX (nasceu em Eguisheim, na França e foi papa entre 1049-1054)




Foi o papa que acabou precipitando rapidamente o chamado Cisma do Oriente, ao excomungar o patriarca da igreja de Constantinopla, fazendo com que este tivesse a mesma atitude para com o papa. Isso fez com que acontecesse a separação total e irrestrita entre a Igreja Católica Apostólica Romana (do ocidente), e a Igreja Ortodoxa (do oriente). 
6) Urbano II (nasceu em Lagery, na França e foi papa entre 1088-1099)




Foi o papa que conclamou as Cruzadas, em 1095, sendo que estas teriam o intuito de retomar a cidade de Jerusalém, dos muçulmanos, e à trazer, novamente, para o mando dos católicos. Realmente esta primeira cruzada tomou a cidade, em junho de 1099, criando assim o Reino Latino de Jerusalém, porém este acabou caindo - depois de apenas 2 séculos - novamente nas mãos dos muçulmanos.  

7) Clemente VI (Nasceu em Rosiers-d'Egletons, na França, e foi papa entre 1342-1352)




Foi o papa durante os anos que ocorreu a maléfica Peste Negra (1347-1353), e conseguiu escapar dela devido ter seguido conselhos médicos (dentre eles o de se retirar para a cidade de Avignon, na França, para onde levou todo o papado). Também foi ele que iria legalizar - e mesmo justificar - a concessão de indulgências, que, num futuro não tão distante, iria ser um dos principais motivos de protestos dos religiosos da Reforma Protestante, no século XVI.

8) Nicolau V (Nasceu na Sardenha, atual Itália, e foi papa entre 1447-1455)




Era o papa durante a queda de Constantinopla, em 1453 - porém, durante o fim do Império Romano do Oriente - fato histórico que marca o final da Idade Média e o começo da Idade Moderna. Teve uma atitude dúbia para com uma das potências da época, Portugal, uma vez que teve atritos com governantes portugueses (o rei Afonso V), mas também concedeu ao infante D. Henrique o monopólio das expedições marítimas (o que levaria a várias conquistas territoriais portuguesas, culminando com o descobrimento do Brasil, em 1500).

9) Alexandre VI (Nasceu València, na Espanha, foi papa entre 1492-1503)




Era da família dos Borgias, que dominavam importantes cidades da Itália durante o Renascimento. Por serem grandes comerciantes, eram extremamente ricos e investiam bastante nas artes. Ao se envolverem na sucessão papal, conseguiram que este seu parente fosse o eleito. Foi um papa muito mundano, sendo considerado dos mais devassos. Envolveu-se também com os grandes descobrimentos, já que se tornou papa no momento do Descobrimento da América, se envolveu - e deu seu aval - às resoluções do Tratado de Tordesilhas e, por fim, deu seu aval em favor dos portugueses, quando do Descobrimento do Brasil

10) Júlio II (Nasceu em Savona, na atual Itália, e foi papa entre 1503-1513)




Foi um dos papas mais guerreiros que já existiram e sua principal guerra foi contra Rodrigo Borgia (o futuro papa Alexandre VI), e seus aliados, porém teve de se manter a margem, só tendo subido ao trono da Igreja quando seus aliados se aliaram aos Borgias. Possivelmente devido a seus ímpetos militares e bastante beligerantes, contratou um grupo de mercenários para sua própria proteção, sendo esta, portanto, a origem e a criação da Guarda Suíça, uma guarda de honra dos papas existente até os nossos dias. 

11) Leão X (Nasceu em Florença, na atual Itália, e foi papa entre 1513-1521)




Foi outro papa de grande e influente família, dessa vez dos Médici, de Florença, sendo considerado um dos mais devassos dos papas. Este acabou se envolvendo em dois fatos históricos, uma vez que viveu durante o Renascimento nas cidades italianas, bem como foi o papa que foi contra as contestações do monge Martinho Lutero - e suas 95 Teses - também a sua posterior excomunhão e assim fez nascer a própria Reforma Protestante... 

12) Urbano VIII (Nasceu em Florença, na atual Itália, e foi papa entre 1623-1644)




Foi o papa que pontificou durante a Guerra dos Trinta Anos, entre França e Inglaterra. Foi ele também o papa que consagrou a nova - e atual - Basílica de São Pedro - no dia 18 de novembro de 1626 (exatamente 1300 anos após a consagração da primeira Basílica de São Pedro). 

13) Pio VI (Nascido em Ceasena, na atual Itália, e foi papa entre 1775-1799)




Foi o papa que pontificou durante toda a Revolução Francesa, ocorrida na França entre 1789 e 1799. Devido a mesma, em 1796, após invadir a Itália, Napoleão Bonaparte fez este papa prisioneiro, sendo levado de Roma a Siena (cidade próxima de Florença, então território francês). O término disso tudo foi sua morte, em 1799, ainda em cativeiro, com 81 anos e 24 anos de papado (o segundo mais longo papado, até então, atrás somente do papado do primeiro papa, São Pedro, segundo a doutrina católica). 

14) Pio VII (Nasceu em Cesena, na atual Itália, e foi papa entre 1800-1823)




Os problemas entre a França pós revolucionária e o papado estavam apenas começando. Após liberarem o corpo do papa Pio VI, morto em cativeiro, após prisão, o papa que o sucedeu, Pio VII, foi praticamente obrigado a comparecer a Paris, para fazer a coroação de Napoleão Bonaparte como imperador da França. Porém, Napoleão acabou atrasando-se para a cerimônia, fazendo o papa esperar por horas e, no momento exato da coroação, Napoleão Bonaparte tira a coroa das mãos do papa e coroa, a si próprio, imperador da França. Nada mais Napoleão Bonaparte!!! 

15) Leão XIII (Nasceu em Carpinero Romano, na atual Itália, e foi papa entre 1878-1903)




Foi o papa na virada do século XIX para o XX. Sendo assim, passou por alguns fatos importantes. Para citarmos alguns (e somente no Brasil), estão: a Abolição da Escravidão (em 1888), e a Proclamação da República (em 1889). 

16) Bento XV (Nasceu em Gênova, na Itália, e foi papa entre 1914-1922)




Foi o papa que viveu a pior de todas as guerras, a Grande Guerra (conhecida hoje como Primeira Guerra Mundial). Quanto à ela, teve atitudes diplomáticas, colocando a Igreja sempre como neutra, porém tentou diversas vezes - todas elas infrutíferas - colocar em pauta tratados de paz pelo término do conflito.  

17) Pio XII (Nasceu em Roma, na Itália, e foi papa entre 1939-1958)




Foi o papa que viveu todo o tormento da Segunda Guerra Mundial, e é muitas vezes acusado de conivente com o Nazismo. Porém, olhando por outro prisma, ele pode ter sido extremamente neutro para - e somente dessa forma - salvar outros que poderiam também ser perseguidos pelo Nazismo (como por exemplo os próprios católicos).  

18) João XXIII (Nasceu em Sotto il Monte, na Itália, e foi papa entre 1958-1963)




Era considerado um papa de transição (e que, possivelmente, não teria um pontificado muito extenso, o que veio a se concretizar, tendo seu pontificado durado só 5 anos). Foi por isso que ,muitos se assustaram quando ele convocou o Concílio Vaticano II, que foi responsável por diversas mudanças nas liturgias da Igreja, bem como em algumas poucas de suas doutrinas.

19) Paulo VI (Nasceu em Concesio, na Itália, e foi papa entre 1963-1978)




Pontificou durante boa parte dos Anos 1960 e 1970, nos momentos mais difíceis e amedrontadores da Guerra Fria. Foi outro papa de transição, teve 15 anos de pontificado e iniciou uma aproximação com os fiéis - e, principalmente, com outras religiões - com o uso de viagens (ele foi o primeiro papa a visitar os cinco continentes). Também se utilizou da TV como meio de transmissão de preceitos católicos. 

20) João Paulo II (Nasceu em Wadowice, na Polônia, e foi papa entre 1978-2005)




Foi um dos maiores papas que já se teve, viajou pelo mundo, em várias e várias viagens, levando sua mensagem em seu longo papado de 27 anos (o terceiro maior papado, só perdendo para o de São Pedro, de 37 anos e o de Pio IX, de 31 anos). Em 13 de maio de 1981, sofreu uma tentativa de assassinato, quando foi alvejado por tiros vindos da arma do turco Mehmet Ali Agca. Como que por milagre, o papa escapou da morte. Talvez seja por ser um dos co-responsáveis por diversos fatos históricos, tais como a Queda do Muro de Berlim, em 1989, a Reunificação Alemã, em 1990, e o Fim da URSS, em 1991, que isso tenha ocorrido. Em suma: ele muito auxiliou a própria derrocada do Comunismo, entre os anos de 1989 e 1991.

Podemos dizer que as histórias dos papas refletem bem o tempo em que viveram. Afinal é por isso que existiram papas santos, guerreiros, mundanos, catequizadores e evangelizadores. Interagindo com suas épocas, foram criando os dogmas e doutrinas da Igreja Católica Apostólica Romana